Ainda na sombra da
comemoração dos 50 anos da instauração do regime militar no Brasil. E mais uma
vez na tentativa de desmistificar o caráter arbitrário do regime, cabe
salientar que durante o regime a formação partidária, não estava proibida, o
ato institucional, permitiu a formação bipartidária.
Num primeiro momento,
para a instituição do regime os partidos foram extintos, salientando que no
decorrer da história brasileira, isso ocorreu em diversos momentos. No governo
militar foram formados os partidos do governo “Arena”, como foi permitida a
formação do partido de oposição “MDB”, que abrigou os integrantes de partidos
de esquerda, como PSB, PCB, e que permaneceu até os dias atuais como PMDB. E
que começou não como partido mais como um movimento democrático de oposição ao
Regime Militar.
A vida política da
época, não era como tentam transmitir de total ostracismo, a discussão política
partidária era permitida. Diferente do que se vê nos regimes de esquerda,
fundada nas doutrinas marxistas, onde partidos foram extintos, e raros países
permitiram novas formações partidárias.
Mais uma vez em
comparação a maior nação democrática do mundo, podemos analisar a situação da
seguinte forma, durante o regime militar houve um bipartidarismo, a Arena e o
MDB, assim como nos Estados Unidos até hoje vigora modelo semelhante entre
Republicanos e Democratas.
Assim podemos
concluir de certa forma que o quadro não era tão calamitoso a nível democrático
e partidário, como se tentam demonstrar.
Hoje vivemos num
sistema de Pluripartidarismo, e cabe ao legislador e ao eleitor, separar
o joio do trigo, pois notadamente temos de conviver com partidos, que servem
apenas para serem locados aos grandes partidos e ao governo, a custo de
empregos em empresas publicas, leilão de cargos públicos, e mensalões.
José Carlos Pedroso
Vice-Presidente do Diretório Estadual de São
Paulo
Partido Militar Brasileiro - PMB
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